sexta-feira, 3 de julho de 2020

História do dia: A carochinha

                                                                       Teatro-Infantil A HISTÓRIA DA CAROCHINHA - 1 e 2 de abril ...
Era uma vez uma Carochinha que estava a varrer o chão da sua cozinha quando encontrou cinco réis. Ficou muito feliz, disse que estava rica e que queria arranjar um bom marido que cuidasse dela. Então, a Carochinha foi para a janela e começou a cantar:
- Quem quer casar com a Carochinha que achou cinco réis a varrer a cozinha?
Logo apareceu um pretendente, o Porco. Este entusiasmado disse:
- Tanta formosura quem me pode recusar?! Não procures mais, querida Carochinha, aqui estou eu pronto a casar!
A Carochinha sem demorar respondeu:
- Isto não é assim! Preciso de fazer perguntas para saber como tu és! O que comes? Sabes levar a vida?
O Porco confiante, respondeu-lhe:
- Sou de boa boca! Como tudo! E tudo o que me dão vai para o meu barrigão!
A Carochinha desiludida disse:
- O que te dão? Vives de esmolas? Fora! Fora! Não te quero!
Continuando a procurar marido, a Carochinha canta:
- Quem quer casar com a carochinha, bela, que achou cinco réis a varrer a cozinha?
Ao ver o Cão, a Carochinha diz baixinho:
- Que corpo elegante! Oh! Que bonitão! Oxalá não seja “burrinho”!
O Cão elogia a Carochinha:
- Põe-me à prova, doce senhorita, pois és a mais bonita!
Com cuidado, a Carochinha questiona:
- Sê sincero e diz-me, o que fazes para te alimentar?
O Cão logo respondeu:
-Não me canso com isso! A comida é da responsabilidade do meu dono! Vivo sem preocupações!
A Carochinha desanimada respondeu-lhe:
- Ah, pois... continua o teu caminho. Também eu, quero viver sem preocupações!
Apareceu o Gato e todo manhoso disse:
- Miau-miau-uuu! Que visão celestial! Nem em noites de lua cheia, vi tanta beleza!
A Carochinha toda vaidosa perguntou:
- Quem quer casar com a carochinha que é formosa e bonitinha?
O Gato, muito confiante, respondeu-lhe:
- Não sou um Gato vulgar! Sou intelectual e poeta!
A Carochinha aborrecida perguntou-lhe:
- Poeta?! Por acaso, a poesia come-se? Dá para viver? Garante futuro ou alimento?!
O Gato, zangado, respondeu-lhe:
- Não sejas realista, querida Carochinha! Vem comigo viver a ilusão e fazer dela o teu único sustento!
Toda irritada, a Carochinha exclamou:
- Deus me livre de tal! Pobre, nunca mais! Não tens lugar no meu coração!
Entretanto, aparece o Rato que, apaixonado, diz à Carochinha:
- O teu coração está livre, mas o meu saltita e palpita … Ó formosura, não procures mais, aqui tens o Ratãozinho para te amar até morreres…
A Carochinha, contente, mas cautelosa, responde-lhe:
- É tentador, mas é mais seguro saber… Que costumas comer?
O Rato muito confiante, diz-lhe:
- O que como? Não sou daqueles que ficam à espera do que lhes cai do céu. A qualquer bom bocado, sei, pela a experiência que é meu.
Ao ouvir isto, a Carochinha ficou aliviada e respondeu-lhe:
- Até que enfim! Acabou o trabalho! Encontrei o meu par! Serás meu marido e amor querido, olarilolé!
Os dois dão um beijo repenicado.
Vitória, vitória! acabou a história!

Versão Gonçalo Marques (3MAR)

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