«Sonhei com a bicicleta bem colorida, os da minha rua brincavam com ela, o Camarada Mudo ria muito, a Avó Dezanove dizia para termos cuidado para não sermos atropelados por nenhum carro e para não atropelarmos mais nenhum bicho, a bicicleta do meu sonho era bem grande e zunia muito, amarela nas rodas, o quadro e o volante eram vermelhos e os para-lamas assim pretos, só que à frente, um pouco abaixo da zona do volante, ninguém ainda tinha visto: a bicicleta tinha uns bigodes iguais aos do tio Rui...»
Da mestria incomparável do jovem autor Ondjaki, uma história sem luz elétrica.
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