Na madrugada do dia 28 de fevereiro de 1969, ocorre o maior sismo havido em Portugal no século XX.
Atingiu principalmente o sul de Portugal Continental e a região de Lisboa, embora tenha também sido sentido na região norte.
Este sismo teve epicentro no Oceano Atlântico, a sudoeste do Cabo de São Vicente (36.01º N, 10.57º W), com magnitude avaliada em 7,5 da Escala de Richter, sendo interpretado como resultado da compressão existente a sudoeste da Península Ibérica entre as placas Africana e Euroasiática.
A população entrou em pânico: inúmeras casas ficaram destruídas, pedras seculares de ameias de castelos tombaram no solo, houve quebras no fornecimento de eletricidade e as linhas telefónicas que conseguiram sobreviver intactas a este desastre ficaram tão sobrecarregadas que dificilmente se conseguia contatar os familiares.
O sismo provocou 13 vítimas mortais em Portugal. Fonte
Em janeiro, as turma da Escola Básica de Valadares participaram na atividade "Maratona de Cartas" da Amnistia Internacional, dinamizada pela Biblioteca Escolar em articulação com as disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento, Educação Moral e Religiosa Católica e Tecnologias da Informação e Comunicação. Ao participar nesta atividade, os alunos mostraram-se interessados e empenhados em exercer o seu direito de cidadania.
A 26 de fevereiro de 1929, morre, na Guarda, Augusto César Ferreira Gil, advogado e poeta neoromântico nacionalista que viveu quase toda a sua vida na cidade da Guarda, colaborando e dirigindo jornais republicanos. Havia nascido em Lordelo do Ouro, Porto, a 31 de julho de 1873.
Publicou em 1913 um livro de crónicas (Gente de Palmo e Meio) e os seguintes livros de poesia: Musa Cérula (1894), Versos (1898), Luar de Janeiro (1909), O Canto da Cigarra (1910), Sombra de Fumo (1915), O Craveiro da Janela (1920), Avena Rústica (1927) e Rosas desta Manhã (1930).
A maioria dos antigos alunos da Instrução Primária sabia de cor o seu poema que a seguir partilhamos...
A escravatura é um dos atos mais cruéis praticados pelos seres humanos, baseado numa prática social que permite a posse e comercialização de determinados indivíduos por outros. Ao longo da história da humanidade, a escravatura foi uma prática utilizada com frequência, especialmente pelos povos conquistadores que detinham a propriedade dos povos subjugados. Embora oficialmente a escravatura já tenha sido abolida em todo o mundo, em pleno século XXI ainda podemos encontrar casos que podem ser catalogados de escravidão, como a utilização de mão-de-obra oriunda principalmente de países de leste que trabalha em condições sub-humanas em explorações agrícolas.
Ainda recentemente, a comunicação social portuguesa referenciou um grupo de portugueses que trabalhava, em Espanha, em condições sub-humanas, bem próximas da escravatura. Porém, quando se fala de escravatura, o nosso imaginário remete-nos, de imediato, para aqueles seres humanos oriundos de África, levados à força, sobretudo para o continente americano, como mão-de-obra para laborar nas Roças.
Infelizmente, Portugal, como o fizeram outros países colonizadores, foi esclavagista, conduzindo, através do mar, em condições sub-humanas milhares de indivíduos como se de mera mercadoria se tratasse. Só os mais aptos fisicamente conseguiam sobreviver às péssimas condições em que eram colocados nos porões dos navios. Embora Portugal tenha sido o primeiro país do mundo a declarar oficialmente o fim da escravatura, a mesma continuou a subsistir nas colónias, por vezes de forma encapuçada, o que levou o governo português, a 25 de fevereiro de 1869, a decretar a abolição de todas as formas de escravatura nos territórios sob administração portuguesa.
Este livro é o mais conhecido do escritor e ilustrador norte-americano Shel Silverstein. O clássico, escrito em 1964, comoveu gerações com a história de uma árvore e um menino. Com poucas palavras, Silverstein fala da relação entre o homem e a natureza, onde uma árvore oferece tudo a um menino, que a deixa de lado ao crescer, ao mesmo tempo que se torna num homem egoísta. Mas para agradar ao menino que ama, a generosidade desta árvore não tem fim - ainda que isto signifique a sua própria destruição.
Duas fortes qualidades aliam-se neste livro. O facto de abordar questões fundamentais como o tempo, a morte, a vida, a relação amorosa e de amizade, tudo o que nos posiciona face aos outros e a nós próprios, assim como a aposta ao nível estético, na sobriedade narrativa e ilustrativa, com o traço simples e preciso de Silverstein.
Em 2019, esta ativista iraniana e a sua mãe, foram injustamente condenadas a 16 anos de prisão apenas por realizar manifestações pacíficas contra as leis abusivas e discriminatórias do uso forçado do véu no Irão – uma dessas ações, foi a distribuição de rosas brancas no metro de Teerão, no dia da mulher.
O caso de Yasaman Aryani reuniu, só em Portugal, mais de 50.000 assinaturas, que foram enviadas à Embaixada do Irão em Lisboa.
No passado dia 15 de Fevereiro, Yasaman Aryani e a sua mãe, saíram em liberdade!
O empenho e envolvimento dos nossos alunos contribuiu para fazer a diferença na defesa dos direitos humanos e para um Mundo melhor!
O Dia Internacional da Língua Materna é celebrado anualmente a 21 de fevereiro e visa promover, preservar e proteger todas as línguas faladas pelos povos em todo o mundo.
Estima-se que existam mais de 7000 línguas em todo o globo. No entanto, metade destas corre o risco de vir a desaparecer.
O Dia Internacional da Língua Moderna foi proclamado pela UNESCO em 1999, sendo comemorado em todos os seus países membros, com o objetivo de proteger e salvaguardar as línguas faladas em todo o planeta.
A escolha do dia 21 de fevereiro para comemorar o Dia Internacional da Língua Materna serve para lembrar a população mundial da tragédia que ocorreu em fevereiro de 1952, na cidade de Daca, no Bangladesh. Vários estudantes foram mortos pela polícia enquanto protestavam pelo reconhecimento da sua língua - o bengalês - como um dos dois idiomas oficiais do então Paquistão. Fonte
Aqui podes encontrar a ligação a uma sopa de letras sobre este dia.
Carlos Viegas Gago Coutinho, oficial da Marinha portuguesa, cartógrafo, geógrafo, historiador e navegador é natural de São Brás de Alportel, tendo o seu nascimento sido registado em Lisboa, a 17 de fevereiro de 1869.
Foi um dos pioneiros da aviação, ao realizar, em 1922, juntamente com o aviador Sacadura Cabral, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia.
Oriundo de famílias de fracos recursos financeiras, não pode frequentar o curso de Engenharia na Alemanha como ambicionava, acabando por ingressar, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo obtido o curso da Escola Naval em 1888.
Participa em operações militares na Baía de Tungue (Cabo Delgado, Moçambique) em 1891 e em Timor em 1912.
De 1898 a 1916, cartografa, com grande precisão, Timor, Niassa, Congo, Zambézia, Barotze (na atual Zâmbia) e São Tomé e Príncipe, tendo delimitado, de forma definitiva, a parte norte da fronteira entre Angola e Zaire.
Enquanto procedia a estes trabalhos de geografo, ATRAVESSA A PÉ A ÁFRICA, tendo conhecido Sacadura Cabral com quem haveria de realizar a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
A ele se deve o desenvolvimento do SEXTANTE DE HORIZONTE ARTIFICIAL e, em conjunto com Sacadura Cabral, a invenção de um CORRETOR DE RUMOS, para compensar o desvio causado pelo vento. Estes instrumentos de navegação revelam-se muitos úteis para a travessia aérea entre Lisboa e o Funchal, realizada por ambos em 1921.
Dois anos antes, a 11 de março, tinha sido feito Comendador da Ordem Militar de Avis, sendo elevado a Grande-Oficial da mesma Ordem a 19 de Outubro de 1920.
A 7 de setembro de 1922, comemorava-se o primeiro centenário da Declaração de Independência do Brasil do Império Português.
Para celebrar este acontecimento, Gago Coutinho e Sacadura Cabral decidem encetar a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro.
São entusiasticamente recebidos no Recife, em Salvador, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na sua viagem de regresso a Portugal, são considerados heróis nacionais.
Gago Coutinho, para além de ter sido condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português, é, ainda, promovido a contra-almirante.
Em 1954, a TAP, companhia aérea de Portugal, convida-o para um voo experimental ao Rio de Janeiro num DC-4, antecipando a futura linha regular que seria estabelecida em 1961.
A partir de 1925, dedica-se à investigação científica, estando vários dos seus trabalhos compilados na Náutica dos Descobrimentos.
Em 1958, é promovido a Almirante, por decisão da Assembleia Nacional.
Falece a 18 de fevereiro de 1959, estando sepultado no Cemitério da Ajuda, em Lisboa. Fonte