Escritor e jurista, nasceu a 18 de junho de 1861, em Mogadouro, e suicidou-se a 9 de junho de 1908, em Lisboa. Órfão de mãe aos 6 anos, partiu com o pai para o Porto, onde fez os estudos liceais num colégio interno, e depois para Coimbra, onde frequentou o curso de Direito, colaborou em jornais e revistas e casou, conhecendo grandes dificuldades financeiras. Após ter exercido a advocacia durante algum tempo, em 1886, graças ao empenho de Camilo junto do seu amigo Tomás Ribeiro, então ministro de Estado, foi nomeado delegado do procurador régio no Sabugal, transitando depois para Ovar e, em 1889, para Lisboa. Depois de uma passagem por África, regressou à capital e foi colocado em Sintra. Em 1895, foi finalmente nomeado juiz em Lisboa. Paralelamente à carreira jurídica, desenvolveu uma intensa atividade jornalística. Publicou diversas obras didáticas. Em 1907, durante a ditadura de João Franco, foi exonerado do lugar de delegado do procurador régio. Esse dissabor, acrescido das desilusões com a Justiça acumuladas durante toda a vida e da doença nervosa de que padecia, levá-lo-ia ao suicídio, no ano seguinte.
Celebrizou-se pelos livros In Illo Tempore (1902) e, sobretudo, pelo volume de contos rústicos Os Meus Amores. Fonte
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