Era uma vez um pequeno vírus que vivia na China, numa zona rural, da Cidade Wuhan, ele tinha um sonho. Queria viajar para conhecer outros vírus como ele ou parecidos, pois vivia só e triste.
Certo dia, no ano de 2019, cansado de viver sozinho, decidiu viajar em busca de amigos. Então apanhou a “boleia” de um morcego e foi até ao mercado da vila. Aí, esperou por um habitante simpático que o “transportou” para casa, passando-o para toda a família. Daí, o vírus passou de pessoa em pessoa, circulando por toda cidade de Wuhan, até chegar ao aeroporto. Mas, o que ninguém sabia é que, enquanto este vírus circulava de um lado para outro, ia deixando milhares de pessoas doentes.
No aeroporto, cruzou-se com um chinês que esperava um voo para a Itália, na Europa. Como era
pequenino e ninguém o via, aproveitou a oportunidade e agarrou-se às mãos do chinês, enquanto este
bebia um café, muito descansado, na cafeteria do aeroporto, aguardando a chamada para o seu voo.
Passados alguns minutos, ouve-se uma voz:
- Atenção, passageiros para o voo com destino a Itália devem dirigir-se à porta
de embarque.
O chinês pegou na sua pequena mala, dirigiu-se à porta de embarque, o que ele desconhecia era, que para trás, tinha deixado um rasto do vírus que levava consigo.
Chegado ao aeroporto de Roma, apanhou um táxi e foi para uma cidade muito chique e rica da Itália.
Sem que se apercebesse, ia deixando o vírus matreiro, em tudo quanto tocava. E assim o foi espalhando por toda a cidade e arredores. Passados alguns dias, os habitantes começaram a sentir-se mal, a ficar doentes.
Em pouco tempo, os hospitais ficaram cheios de pessoas com problemas respiratórios. Preocupados, e sabendo que, na cidade de Wuhan, havia muitos habitantes doentes com os mesmos sintomas, os médicos italianos, logo entraram em contato com os médicos chineses para tentarem descobrir como
tratar esta nova doença. Foram informados que se tratava de uma doença provocada por um vírus.
Em pouco tempo, os hospitais ficaram cheios de pessoas com problemas respiratórios. Preocupados, e sabendo que, na cidade de Wuhan, havia muitos habitantes doentes com os mesmos sintomas, os médicos italianos, logo entraram em contato com os médicos chineses para tentarem descobrir como
tratar esta nova doença. Foram informados que se tratava de uma doença provocada por um vírus.
De forma a descobrir de que vírus se tratava, os cientistas e investigadores, logo começaram a investigar. Descobriram que se tratava de um novo vírus, vindo um antigo - o vírus SARS- CoV. Então, para o identificarem melhor, deram-lhe o nome de Corona Vírus (SARS _CoV-2) ou Covid-19, visto este ter a forma de uma coroa (corona, em espanhol), e vir da antiga estirpe SARS- CoV, e ter surgido na China, em dezembro do ano de 2019.
Enquanto isso, o Corona chega a França e vai desfrutando da bela cidade de Paris, espalhando-se um
pouco por todo o país.
Passados alguns meses, após ter saído da China, o Corona Vírus já se tinha tornado um viajante veterano. Viajando pela Africa, Oceânia e América do Sul, norte e Centro, deixando milhões de pessoas doentes em todo o Mundo.
O pequeno e solitário vírus que apenas queria conhecer outros locais e fazer amigos, logo foi considerado uma pandemia mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – a organização reguladora da saúde e bem-estar de todos os habitantes do Mundo. Perante este anúncio, todos os países ficaram com medo do vírus viajante, e mandaram fechar alguns aeroportos e os aviões deixaram de “voar”.
De um dia para o outro, as pessoas veem as suas vidas e rotinas alteradas passando a ter novos hábitos de higiene: lavar as mãos com frequência, limpar tudo com álcool desinfetante, usar máscara no rosto e distanciar-se uns dos outros para não contraírem o vírus.
Mas, feliz da vida e sem saber do estrago que ia deixando com a sua passagem, o vírus viajante chegou a Portugal, em meados de março, onde todos o tratam por Corona ou Covid-19, um país pequeno plantado à beira-mar, mas muito bonito, no qual a população consciente do seu contágio, numa tentativa de travar a sua propagação, se recolheu em suas casas, fazendo o chamado Isolamento Social.
Mas, o Corona, apesar do esforço dos Portugueses, insistia em ficar neste belo país e desfrutar da paisagem nortenha, contagiando muitos habitantes de Ovar e do Porto, mas, também, um pouco por todo o país. Não tendo, outra alternativa, o governo português mandou fechar as escolas, as lojas, os shoppings, os restaurantes, as fábricas, as empresas, exceto os supermercados, as farmácias, as clínicas e os hospitais, tal como já tinham feito em Itália e França. Os alunos passaram a ter aulas em
casa, através de plataformas de ensino à distância, a maioria dos pais e mães ficaram a trabalhar em
casa e nos vidros das janelas começaram a aparecer desenhos de um arco-íris com a mensagem – Vai
ficar tudo Bem!
Sem saber e querer, Corona, o pequeno vírus viajante, apesar do seu perigoso contágio, trouxe benefícios para a Natureza e para o próprio ser humano.
Com o Mundo parado, a Natureza começou a recuperar dos malefícios provocados pelo ser humano, o céu ficou mais azul, a natalidade das aves aumentou, a vegetação cresceu mais verdejante e perfumada e o ar ficou mais puro. O ser humano uniu-se no combate ao vírus, tornando-se mais
solidário e generoso.
Entusiasmado com as suas viagens, o vírus viajante, está decidido em continuar a circular pelo Mundo fora, até ser combatido com a descoberta de uma vacina!
Mas, uma coisa é certa, juntos somos mais fortes! Todos vamos ficar bem!
Gonçalo Marques – 3º ano - Escola da Marinha
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