No dia 1 de novembro de 1755, como é habitual em todas as manhãs do fim de semana, fui com a minha família dar um passeio pela zona da baixa de Lisboa.
O dia estava diferente, cinzento e agitado. O mar parecia perturbado. Eram cerca das 9:40h da manhã quando as pessoas começaram a sentir o chão a tremer, eu comecei a ficar com medo ao ouvir os gritos das pessoas a pedir socorro.
Lembro-me de me virar e olhar em frente e ver uma onda gigante em direção a mim, aí senti que o terror tinha começado. Um forte tsunami tinha acabado de destruir milhares de casas e matar milhares de pessoas.
Lisboa nunca mais será a mesma! Eu tinha acabado de ficar sem nada e as pessoas gritavam e gritavam. Na minha cabeça não saía a voz de uma senhora já com os seus 80 anos aos gritos a pedir socorro, enquanto dizia que tinha perdido tudo aquilo que lutou durante a vida, e que já tinha perdido o marido, que era pescador e estava como todos os manhãs no mar a pescar.
Era de facto um cenário de terror, tristeza e medo.
Nesse dia, já quando a cidade estava completamente destruída e as pessoas sem os seus bens, lembro-me de pensar: “E agora para onde é que estas pessoas vão?”.
O dia 1 de novembro de 1755 vai ser sempre um dia com uma memória triste.
Lara 6.º B
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